O futuro do design na era da inteligência artificial e do aprendizado de máquina

De um lado você, humano, com um projeto magistral de design que consumiu dias e mais dias para ser produzido, da ideia à concepção. Do outro, alguns códigos com base em algoritmos de inteligência artificial produziram 200 versões, em minutos, de projetos semelhantes ao seu. Estaria seu emprego ameaçado?

Tarif Kahn nos traz essa reflexão no UX Planet. Segunde ele, as empresas ainda estão procurando por profissionais criativos qualificados e não por robôs. Mas note o “ainda”. Ele mesmo comenta que nem a criatividade estaria a salvo da avalanche de recursos da inteligência artificial e do aprendizado de máquina.

Há alguns exemplos interessantes no texto. The Grid usava inteligência artificial para produzir web design. Haikudeck oferece recursos para o desenvolvimento de templates para slides que soam como profissionais – e sem a necessidade de designers. O primeiro não decolou, já o segundo vai bem. Kahn supõe que talvez seja pelo tipo de trabalho, já que uma página da web seria muito mais complexa para a IA adentrar. Talvez.

O texto também cita algumas iniciativas do segmento, como do próprio Google e da Adobe. A questão central é como os profissionais estarão quando a inteligência artificial e o aprendizado de máquina os atropelarem de vez, pois tais tecnologias já estão aí com um flerte insistente há um bom tempo.

Pode ser que os empregos sejam extintos. Pode ser que as máquinas substituam a mente criativa humana. Ou pode ser que todos esses recursos ampliem nossa cognição e maximizem nossas habilidades. Talvez uma maior adaptação e flexibilização no uso de tais tecnologias possam minimizar a ameaça (pois, sim, ela existe) e acabem por ampliar o poder na mão dos criativos.

Minha aposta é que a mente humana pode ser deixada para trás nos quesitos velocidade de processamento, entrega de variedades amplas e assimilação de grandes e complexas bases de dados. Porém ainda creio que, no que tange a criatividade em toda a sua magia, a inteligência artificial (ainda) não consegue tocar, pelo menos não da mesma maneira “criativa-humana”. Mas nunca diga nunca, sobretudo em tecnologia.

Abaixo, trouxe 7 vídeos interessantes. O primeiro é do Refik Anadol, no TED. Depois, mais 6 vídeos que podem nos ajudar sobre o tema.

1. Arte na era da máquina inteligente | Refik Anadol