A computação moderna toma como base o binarismo em sua formatação. Ou é um ou é outro. Sim ou não, e nunca sim e não.

Inteligência artificial e aprendizado de máquina são recursos que podem, por exemplo, identificar um determinado álbum musical dentre uma pilha de discos. O processo seria um tanto demorado pois seria preciso avaliar todas as faixas de todos os álbuns para que o que queríamos fosse identificado

Seria necessário treinar a máquina o suficiente para que, posteriormente, ela tomasse suas decisões. Com a computação quântica a previsão é de que tudo seja reformulado, sobretudo os algoritmos e a base binarista de atuação.

Em um texto de Tristan Greene no The Next Web comenta-se sobre dois novos algoritmos apresentados por Prasanth Shyamsundar, pesquisador em um laboratório de energia ligado ao governo norte-americano. Os novos algoritmos foram listados em um paper e em um comunicado à imprensa.

Voltando ao exemplo dos discos de música, ao contrário da computação “tradicional”, esses novos algoritmos seriam úteis sobretudo em um conjunto de dados ainda não classificados. Um computador quântico com o primeiro algoritmo apresentado por Shyamsundar encontraria um álbum de jazz, por exemplo, em uma pilha de 100 discos de maneira mais fácil e rápida, pois o processo não analisaria a coleção “um a um”, mas “tudo ao mesmo tempo”. O nome desse recurso é denominado “superposição”.

Se antes o algoritmo dizia sim ou não, agora é possível dizer sim e não (e várias vezes ao memso tempo), aumentando sua velocidade de processamento.

O outro algoritmo é capaz de analisar, nesse exemplo didático, o “quão jazz” aquele álbum é. Ao contrário do algoritmo tradicional que avaliaria excludentes como sendo jazz notas de 1 a 5 e não jazz notas de 6 a 10, por exemplo, o “algoritmo de estimativa da média quântica” (nome apresentado pelo pesquisador) consegue fazer essa avaliação, sem necessariamente excluir um incluir um parâmetro.

Em outro contexto como exemplo, como o colocado pelo texto do The Next Web, se antes diante de uma guerra a computação estaria entre “destruição total” ou “ação nenhuma” (binarismo), em breve será possível não só decidir o momento propício mas como projetar e desenvolver todas as estratégias militares (e sua permanência) tendo como base algoritmos em inteligência artificial com base em computação quântica.

Em outras palavras, a próxima guerra será vencida pelo ente que detiver computação quântica em alto nível.

Abaixo seguem 4 vídeos que abraçam os temas inteligência artificial, aprendizado de máquina e computação quântica.

1. Demonstrando a supremacia quântica | Google

2. Explicando o hype dos computadores quânticos | CNBC

3. Inteligência artificial quântica e aprendizado de máquina

4. Guia sobre computação quântica para iniciantes | Shohini Ghose

Novos algoritmos prometem expandir os limites da computação quântica