O impacto causado pela pandemia global resultante do novo coronavírus tem sido devastador em muitos setores. Algumas ações comuns, como uma simples ida ao escritório, foram subtamente transportadas para o modelo home office.
Acontece que mais e mais trabalhadores estão trabalhando de casa, utilizando seus notebooks, computadores ou até mesmo smartphones para seus afazeres corporativos, ou seja, mais e mais senhas e protocolos de segurança estão sendo acessados de redes não bloqueadas, caseiras, e isso pode ter acelerado de 5 a 10 anos a próximo pandemia: a pandemia cibernética.
A Government Technology traz uma matéria interessante sobre o tema, e descreve como muito preocupante o fato do mundo, uma vez não preparado para o home office em massa de uma hora para outra, pode estar acelerando vulnerabilidades em uma escala planetária. Em outras palavras, a pandemia causada pela COVID-19 pode ter deixado a internet doente.
O artigo traz algumas lições que podemos aprender com a pandemia do vírus biológico. A primeira seria que o vírus digital se espalharia tão rápido quanto o coronavírus, infectando sistemas e máquinas em uma velocidade sem precedentes. Seria preciso, então, prever e desenvolver ferramentas e metodologias para barrar o avanço.
A segunda lição diz respeito ao impacto econômico de um desligamento digital. Em uma escala menor, claro, é possível observar o estrago causado por um ataque à Honda, onde os hackers usaram ferramentas e modos tão sofisticados até então só de conhecimento de Estados, paralisando a produção como um todo.
E, por fim, a terceira lição seria a respeito do desafio de se reerguer uma economia após um desastre cibernético, tal como tem sido desafiador reabrir cidades e países impactados pelo novo coronavírus.
É um tema complexo e importante que merece ser mais debatido por governos, sociedade e empresas. O aumento em mais de 400% de ataques identificados na rede desde fevereiro desse ano demonstra como podemos ter acelerado a próxima pandemia.
Aliás, só para registro, a Amazon identificou em seus servidores AWS (Amazon Web Services) o que foi considerado o maior ataque cibernético já visto. Foram mais de 2.3 teras em um ataque DDos, o maior já realizado. O “recorde” anterior era de 1.7 identificado em maço de 2018, o que demonstra com a coisa realmente está ficando cada vez mais séria.