No final de julho aconteceu o Search Labs 2010, um evento que trouxe a oportunidade de vermos o que há de melhor lá fora na área de search e mostrar que existem muitos profissionais de qualidade no mercado nacional. Durante dois dias, foi possível acompanhar palestras simultâneas, divididas em três salas, além de colocar em prática o networking, feito nos corredores por estudantes ou profissionais já consagrados no mercado.
O evento desenhou os cenários de search através do Brasil e do mundo. Pesquisas, pensamentos, aplicações, estratégias, conceitos e ações foram repassados ao público. Fórmulas milagrosas foram constantemente frisadas como inexistentes, o que demonstrou que o search não é uma ciência exata, mas sim um trabalho muito mais intelectual e com relações estratégicas humanizadas.
Das centenas de dicas apresentadas durante as palestras de que pude participar no Search Labs, listarei aqui quatro erros que foram expostos e que insistimos em fazer. São quatro pontos que todos os profissionais já deveriam possuir como conhecimento em suas bagagens pessoais, mas que foram constantemente apontados durante o evento – por diferentes palestrantes de diferentes áreas – como ações fundamentais que grande parte do mercado insiste em não praticar. Ou melhor: praticam de forma errada. São estes os erros:
1. Conteúdo deve ser prioridade
Muito mais importante do que técnicas mirabolantes e estratégias complexas é um conteúdo produzido com qualidade, para atrair um público de qualidade. De nada serve uma estruturação caríssima e campanhas frenéticas se não possuirmos o mínimo de particularidade para ser apresentada. Um conteúdo ruim atrai, necessariamente, um público ruim, despreparado e que não irá servir em nada para o sucesso do seu projeto.
2. Não se faz SEO para robôs
Outro ponto-chave fundamental trabalhado por muitos palestrantes foi o de que muitos profissionais de SEO ainda não têm em mente que trabalham para pessoas, não para robôs e seus sistemas de busca. Mais uma vez, de nada adianta uma estruturação caríssima se não pensarmos naqueles que realmente irão analisar nosso trabalho: nosso público-alvo.
3. Mídia social não faz milagres
Na era das novas tecnologias e das redes e mídias sociais, o tema do momento não podia ficar de fora do evento. Mídias sociais são fundamentais para campanhas bem sucedidas? A resposta é não. Mídias sociais não fazem por si só o trabalho de uma grande campanha. Redes sociais não garantem, sozinhas, o real sucesso de uma aplicação estratégica. A coqueluche do momento deve ser uma complementação do seu planejamento, não a única fonte de esperanças.
4. Engajamento é fundamental para seu sucesso
Pedro Dias, do Google, afirmou que sites são como crianças pequenas, pois ambos devem receber cuidados especiais o tempo todo. O engajamento, aliado com todos os itens anteriores mencionados, transparece uma imagem mais lúcida do trabalho que está sendo feito por trás de uma página na web.
Precisamos ter em mente que:
- um conteúdo de qualidade atrai um público de qualidade;
- todo o trabalho deve ser feito para pessoas e não para robôs;
- mídia social não trabalha sozinha;
- a garantia de um trabalho sério e de respeito com o público-alvo consiste principalmente em mostrar que há disponibilidade para este o tempo todo
O sucesso de sites, campanhas e projetos depende muito mais de um planejamento bem alinhado do que de atitudes descontextualizadas. Os quatro pontos aqui citados são fundamentais porque demonstram que o maior evento de search do país reafirmou que burlar alguns dos mais fundamentais e simples pontos não consiste em uma tática inteligente. E o pior: o mercado sabe disso.