A implementação do uso de redes e mídias sociais pelos departamentos de uma empresa requer cuidados específicos antes mesmo de terem suas ações e teorias traçadas. Capital humano e financeiro, finalidades específicas, recursos físicos disponíveis, modus operandi e, principalmente, visão do público a ser atingido são apenas alguns setores que necessitam de atenções redobradas e muito bem delineadas, seja para ações puramente operacionais ou mais estratégicas envolvendo a comunicação.
Antigamente, as empresas realizavam ou encomendavam pesquisas com o intuito de descobrirem quais os mercados que conseguiam – ou poderiam – atingir. Atualmente, com as redes sociais essas ações ficam um pouco mais conturbadas. Não existe mais somente um público-alvo demarcado em um painel pronto para receber um dardo. As redes sociais digitais conectadas possibilitam driblar problemáticas antes existentes, introduzindo seus produtos ou serviços em segmentos mercadológicos antes inacessíveis.
Se por um lado o feedback se torna praticamente instantâneo, esses novos meios trazem a chance de a empresa trabalhar de maneira significativamente competente a busca por fatias que posteriormente não eram exploradas, seja por total desatenção ou simplesmente porque a empresa não tinha as ferramentas necessárias para dialogar com esses públicos. As possibilidades de ampliar o leque de ações para diferentes regiões demográficas e socioeconômicas trazem um novo cenário para as empresas: não existe mais público-alvo; existe público-alcançável.
Focar suas ações apenas nos clientes “já garantidos” é altamente arriscado em tempo de mídias sociais.
Com campanhas segmentas e customizadas, é possível atingir faixas etárias, sociais e regionais específicas, dialogando diretamente com o seu futuro e possível consumidor. As veiculações de massa que atingiam grandes proporções de pessoas gradativamente cedem lugar para uma comunicação tête-a-tête. Por incrível que pareça, com as redes sociais e os novos modelos de consumidores 2.0 espalhados pela web, o menos sempre será mais. Não busque atingir seu público gritando em praça pública para fisgar poucos consumidores. Use meios eficazes e conquiste diferentes cenários de clientes, atraindo setores sazonais que antes não eram observados ou impactados com ações massificadas.
O público-alcançável está e usa constantemente as redes sociais. Ele faz parte dos consumidores 2.0 que ainda não foram descobertos pela sua empresa. A reformulação de pensamentos e estruturas se justifica na medida em que mais e mais pessoas migram para as plataformas digitais, exigindo um contato mais social por parte das empresas. Por que evitar esse possível público? Focar suas ações apenas nos clientes “já garantidos” é altamente arriscado em tempo de mídias sociais.
Explore novos mercados com as redes sociais. Elas dão vozes para milhões de usuários, mas também dão a chance de a sua empresa trabalhar eficientemente diretamente com tais mercados. Muitos desses segmentos só estão à espera de uma campanha customizada, já que antes eram impactados genericamente com ações massivas de marketing. Ampliar as visões de negócios possibilitará que sua empresa migre mais facilmente para uma nova cultura corporativa. Aliás, introduzir uma cultura digital nas empresas é mais uma questão de atitude do que apenas diálogos espasmos com o público interno.
[epq-quote align=”align-center”]As possibilidades de ampliar o leque de ações para diferentes regiões demográficas e socioeconômicas trazem um novo cenário para as empresas: não existe mais público-alvo; existe público-alcançável.[/epq-quote]
As redes sociais possibilitam que uma empresa se adeque mais facilmente aos novos posicionamentos que os também novos consumidores estão adotando. Estabelecer uma conexão com esses setores é mais do que uma questão de sobrevivência, é uma questão de inteligência empresarial. É possível usar as mesmas ferramentas para reformular valores empresariais e divulgá-los entre novos mercados que aguardam atenções especiais. Comece a fazer sua parte agora.
Texto no iMasters.