Como todos sabem, a imprensa consolida-se, de fato, como um poder exposto após o impeachment do então ex-presidente Fernando Collor, campanha na qual a mídia teve papel fundamental. De lá pra cá, a imprensa teve uma crescente posição em relação ao que se chama de quarto poder, tornando-se, de fato, parte integrante da vida pública de uma Nação.

Porém, a busca frenética por audiência tem transformado o quarto poder – que também é de responsabilidade social – em um mero instrumento de competição entre si, chegando ao que conhecemos hoje como sensacionalismo, ou seja, a prática pela exploração dos sentimentos baixos da população, resumido na melhor frase que se possa encontrar para designar tal ‘apelação’: se o leitor quer sangue, dê-lhe sangue.

Ademais, o que vimos nas revistas, jornais, TVs e rádios sobre as CPIs e a crise política do PT enquadra-se perfeitamente nesse setor midiático deficiente. Os leitores, telespectadores e ouvintes querem sangue e punições – mesmo que injustas – a qualquer preço contra tudo e contra todos do Congresso. Que rolem as cabeças, pois o show não pode parar

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