Há uma verdadeira avalanche de aplicativos sendo lançados prometendo uma ajuda tecnológica no combate ao novo coronavírus. Alguns apps requerem acesso a dados mais simples, já outras acessam desde sua identidade até mesmo seu histórico de pagamento, tudo para saber se você burlou ou não a quarentena.

Mas será que o motivo de tamanho monitoramento e rastreamento seria apenas nos proteger? Há quem discorte.

Não sabemos ao certo como o acesso aos nossos dados está sendo feito e, ainda, nem para que, exatamente, tais dados serão usados – ou onde serão usados. Há aplicativos com grandes companhias por trás, como Google e Apple, e recursos sendo desenvolvidos de forma local. Também temos o uso pesado de serviços de rastramento de dados por conta de governos.

Em um artigo da Technology Review foi lançada a dúvida quanto a esse uso de dados pelos aplicativos, já que as fontes não são padronizadas, os recursos muitas vezes incompatíveis e também não há uma abordagem única por parte dos desenvolvedores. Resultado: os níveis de vigilância e transparências sãos os mais radicalmente diferentes pelo mundo.

Foi por isso que o Covid Tracing Tracker foi montado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), uma espécie de monitor que monitora quem monita a gente, ou seja, um banco de dados daqueles que estão captando nossos dados em meio à pandemia (até agora 25 recursos automzatizado estão listados).

O usuário sabe que está sendo rastreado? O rastreamento é voluntário ou o usuário é obrigado a aderir? Qual o nível de profundidade na coleta dos dados? Diversas questão são lançadas na análise do aplicativo, desde quem está por trás do serviço, em quais plataformas e com quais tecnologias, até questões sobre segurança dos dados e níveis de transparência na coleta, análise e uso desses dados.

O resultado da análise gera um fluxo informacional muito bacana disponibilizado pelo Flourish, um visualizador de dados, e atualizado diariamente. O mais interessante é que pesquisadores e desenvolvedores pelo mundo podem acessar e usar a base gerada pelo monitoramento, além de poderem contribuir com modificações ou correções (mais informações aqui).