Alguns dos principais veículos de jornalismo do país formaram uma parceria inédita para a divisão de tarefas e informações acerca dos dados sobre a pandemia de coronavírus que se alastra pelo país.
G1, Extra, O Globo (todos sob o guarda-chuva das Organizações Globo), Estadão, Folha e o portal UOL vão coletar dados diretamente com as secretarias estaduais em relação a mortes e contaminados pelo vírus SARS-COV2, com balanço sempre às 20h.
A frente formada por esses veículos visa minimizar os impactos causados pela retirada do ar de parte dos dados em relação à pandemia, dificultando tanto o acesso do jornalismo como o próprio acompanhamento geral dos acontecimentos. Atualmente os dados estão voltando a ser publicados de forma oficial. O Ministério da Saúde divulgou a informação de que os dados passarão a intergrar uma nova plataforma interativa.
O jornalismo tem tido papel fundamental na atuação de combate à pandemia, já que nunca antes nossa sociedade discutiu e argumentou tanto com dados. A frente pode ser um importante marco inicial para a cultura de dados que tem se configurado de forma cada vez mais sólida nos dias de hoje, processo imerso ao que se denomina fenêmeno da dadificação.
Em março, os principais veículos unificaram suas capas com a mensagem de que, juntos, seria possível vencer o vírus. A ideia partiu tanto da ótica de união enquanto sociedade quanto da perspectiva em relação à importância de se ter embasamento sólido acerca do que circula socialmente enquanto informação em um momento tão delicado.
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